Fds em Munique e Salzburg

October 20, 2010

1º dia

Munique o reconhecimento

Parar por aqui e ali, mudar o carro 3 vezes de estacionamento e fazer 3 refeições intercaladas com um delicioso gelado. E depois, claro, a sempre presente cerveja da Baviera. Primeiro provei uma weiss e mais tarde enveredei na nossa mais habitual “lager”.

O primeiro objectivo foi Marienplaz que de acordo com o guia da Lonely Planet seria um bom ponto de início para um percurso de reconhecimento do centro de Munique. Mas Munique é caótico de estacionar. Os parquímetros dominam e estão sempre ocupados. Depois de muitas voltas e passarmos repetidamente nas mesmas ruas, acabámos por ir parar sem saber como a uma praça semi-contornável em forma de beco sem saída. Isto era uma zona quase unicamente pedestre onde raramente aparecia um carro, mas lá estávamos nós no meio. Quando nos apercebemos que estávamos num beco e que teríamos que voltar para trás foi o pânico total. Pessoas e bicicletas bombardeavam-nos por todos os lados. Parecia que estávamos no meio de uma daquelas manifestações islâmicas onde a população revoltada debruça-se sobre os carros que passam e quem lá vai dentro sente-se como que numa máquina de lavar carros onde os rolos gigantes são os corpos da pessoas. O Rui ao volante só questionava em tom de exclamação: “mas como é que eu dou aqui a volta?!” Cada um de nós atirava o seu palpite da boca para fora percebendo que não gostaria nada de ter o volante nas mãos naquele momento. De cada vez que o Rui metia marcha-atrás só se ouviam os bips contínuos dos sensores de estacionamento alertando para as pessoas que roçavam o pára-choques. Nós continuávamos a intercalar gritos de incentivo: “Vai Rui, vai Rui, agora, agora!” com berros de alerta: “ÁÁÁÁÁáááíiiiiii Ruuuuuuuuuuuui uma bicicleta… por pouco!!!”

Quando finalmente o carro ficou posicionado em sentido de volta e o Rui arranca mais freneticamente; questionamo-nos: “Aquilo ali não era um lugar!?” Sim, não, sim, não? Sim tem tracejado azul então é um lugar. Mas agora teríamos que voltar novamente ao mesmo sítio de inversão caótica. Tem que ser, tem que ser. O Rui voltou e eu desta vez no meio de risos de desespero, até tapava a cara para não ter que enfrentar o olhar dos peões que ali passavam.

Sair do carro foi como pousar os pés num oásis. Aqui estamos nós prontos para a nossa visita a Munique. Mochilas às costas, máquinas fotográficas a postos e bem agasalhados porque a temperatura por aqui já ronda os 6ºC.

Nos primeiros passos dá logo para perceber que vamos gostar de Munique. Dá-nos a mesma sensação de Barcelona em Espanha. Uma imensidão de turistas que inundam as ruas por todas as suas ramificações, um pouco à semelhança das Ramblas de “nuestros hermanos de Cataluña”.

A arquitectura da cidade é interessante e pitoresca. Depois de Marienplatz parámos em Virtualmarket. Outra das atracções de Munique num género de mercado ao ar livre com todos os ingredientes essenciais. Aqui também se come e facilmente se abanca numa qualquer esplanada a beber uma cerveja e trincar o tradicional “wurtz”. Foi o que fizemos.

Depois disto e até ao jantar conseguimos dar a volta a todo o centro de Munique, o que se consegue fazer em cerca de 4 a 5 horas a pé. Fizemos um intervalo para lanchar e reaquecer os nossos músculos que ainda não vinham preparados para estas temperaturas.

O jantar foi soberano e mesmo à medida. Comida bem confeccionada, apetitosa e servida por empregadas vestida a preceito com aqueles trajes que nos fazem lembrar a Heidi. E que grande Heidi aquela que nos serviu, com um vozeirão que mais parecia um lobo mau.

Mais curioso foi termos vindo aqui parar por um acaso. Vínhamos preparados para jantar bem cedo no “exlíbis” da cidade – Hofenbraus – mas claro que estava a abarrotar e só se aceitavam clientes com reservas. Daí saltámos para o Augustina que também deitava por fora e desse acabámos por ficar no restaurante onde jantámos que apesar de só ter uma única mesa reservada acabou por nos ser cedida. Depois de nós vieram muitos outros clientes que foram enxotados por já não haver mesa disponível. Foi mesmo uma sorte e uma excelente forma de encerrar o primeiro dia de visita a Munique. Um brinde à Mónia e aos seus 35 anos!

Hotel, a busca

A ida para o Hotel foi um delírio total. O nosso destino era Brunthal a cerca 15 Kms de Munique. Depois de sairmos da auto-estrada andámos à deriva pela vila, não se vislumbrando luz ou vivalma. Finalmente um noctívago caridoso lá nos indica um caminho pelo meio de uma estradinha num bosque escuro como breu. Agora sentíamo-nos como no filme de “Blair witch”. Onde é que iríamos nós parar? Claro, a outra estrada.

Voltámos para trás. Mais à frente virámos novamente para trás e no meio de muitas hesitações e de ausência de soluções chegou a altura de ligar para o Hotel.

Atendeu-me um alemão que mal arranhava inglês e depois de lhe explicar que a morada do Web site não era reconhecida pelo GPS, então ele retorquiu-me como um “”Hooooo no, it’s wrong, you have to insert Eugene Shmidt”. Agora imaginem um alemão bem alemão a entoar: “Eugene Shmidt” e vai parecer que vos estão a vomitar ao ouvido “Ehhgeeneneje SHRIRNskdkdnt”. “What??? Sorry, do you mind to repeat?”. E ele volta a repetir mas agora ainda mais alto, pensando ele que eu não o ouvia: “EGHEHNEHRREESHRMIRDSTST”. Parecia um soldado nazi a dar-me uma ordem. “Fonix não percebo nada do que este gajo está-me a dizer. “ Gargalhada geral no carro. “Can you spell it please?” e ele: “Hummm well…. Hmmm… Í…. ”.

A partir daqui começou um autêntico terror. As letras passavam de alemão, para inglês e finalmente português. A sequência começava com ele a dizer: “Ái from Elefant” e eu corrigia-o dizendo: “No, “Í” from Elefant.”. Depois dava-se a 2ª etapa deste processo com a transmissão das letras para o Rui que escrevia no GPS. Mas quando eu falava para o Rui continuava a fazê-lo em inglês de modo a que o recepcionista do outro lado percebesse o que eu estava a fazer. Mas o Rui não entendia e inseria mesmo um “i” em vez de um “e”. E eu corrigia “Porra Rui “Í” of Elefant” mas nada. “Caraças escreve um É”.

O nome da rua já estava completo e o GPS continuava a não o encontrar. Limpava-se o nome e voltava-se a inserir, mas nada. Tentámos mais outras duas alternativas de ruas que nos deram e nada. Que desespero. Tudo isto num autêntico alvoroço enquanto o resto do grupo delirava ao rubro no carro, ora repetindo as expressões, ora dando mais uns concelhos em jeito de pergunta: “Mas isso é uma cidade ou uma rua?”. Depois de muitas trocas de interlocutor do Hotel e muito desentendimento, a última recepcionista a falar manda-me voltar à auto-estrada A8 para Munique e sair na indicação “Brunthal north” que nos levaria direitinhos ao Hotel.

Já estava farto e cansado de servir de canal de comunicação entre a malta e os recepcionistas do hotel. Por isso assim que desliguei o telefone tomei as rédeas do volante e disse: “Agora peguem vocês no telefone e digam-me para onde eu tenho que ir que eu limito-me a levar o carro”. Arranquei a patinar e segui à procura da auto-estrada A8 para Munique, enquanto era enxovalhado com sermões de reprovação reclamando eles que os risos eram só do nervosismo da situação. Claro, agora também vou eu aqui enervar-me e rir um bocadinho.

Nem 2 Kms andámos e bem à nossa a frente começa a antever-se os néons do “Stay2Munich” - o nosso querido Hotel. A risada geral envolveu o ambiente e todos repetimos em tom anedótico os episódios porque tínhamos acabado de passar.

Até estacionar ainda entrámos no portão errado de um parque empresarial e fomos parar a outro beco sem saída nas traseiras do Hotel. A ansiedade de chegar era tanta que os enganos multiplicavam-se.

Quando finalmente atingimos a recepção e fitámos um indivíduo em suores gesticulando para uma colega, todos percebemos que tinha sido aquele o principal interlocutor. Parecia que ele partilhava connosco o desespero de não conseguir resolver o nosso problema. Quando nos viu dirigiu-se a nós com um ar aliviado e sem expressar nada porque o seu inglês não dava para mais, apenas esboçou um profundo e sentido suspiro que dizia: “Ufa finalmente chegaram!” Ao que respondemos com um caloroso sorriso de satisfação.

2º dia

O hotel era excelente para quem não faz questão de ficar no centro de Munique. Se tem um carro esta é uma óptima opção “value for money”. Design super moderno e acolhedor. Uma aposta clara no conforto em detrimento de coisas como serviço 24 horas, bagageiros, essas porcarias que não damos valor quando apenas queremos é o melhor repouso possível.

O isolamento dos quartos também era excelente. De tal forma que quando se batia à porta do lado de fora não se ouvia a pergunta: “Quem é?”. Por isso passei uns bons minutos a bater à porta enquanto a Mafalda gritava do outro lado: “Quem é? Quem é? Mas quem é? QUEM É?”. Espectacular!!!!

O pequeno-almoço foi fabuloso. Tendo como padrão de referência o brunch do nosso Magnólia, este estava ao mesmo nível. E até os ovos quentes estavam mesmo no ponto, ao contrário do que acontece na maioria dos hotéis em que os ovos acabam por ficar cozidos. (Não entenderam este excerto? Então é porque não sabem o que é um bom pequeno-almoço.)

Depois de atestar o meu depósito até não caber mais, guiámos até ao Museu da ciência. Este museu é descrito no guia como uma mistura de relíquias com Disneyland. O museu é muito bom, apesar de não ter sentido o mesmo impacto que senti quando visitei há 20 anos atrás o museu da ciência em Londres. Estou velho!!!!

Mas este museu gira muito em torno dos grandes fabricantes alemães de armamento, aviões, comboios, estações eléctricas, submarinos, (ha ha  ha J eles também andam aqui), etc. E só com isto já têm muito para mostrar. Claro que se tivéssemos um espólio deste nível também me sentiria muito orgulhoso de que fosse assim exibido. 

De notar: o museu estava cheio com uma fila para entrar de cerca de 100 metros; 95% dos visitantes eram famílias de alemães com as suas crianças; logo na primeira sala de entrada dedicada aos barcos, encontramos a nossa bateira de Ovar. Em suma é um lugar de visita obrigatória.

Do museu demos ainda um salto ao jardim Inglês onde decorre o Oktoberfest e onde em qualquer dia de sol é uma paragem obrigatória para uma cerveja. O que não era o caso e por isso regressámos para o centro da cidade.

Só parámos às 17:00 para almoçar. A melhor opção acabou por ser um tailandês bem catita. Daqui seguimos para as afamadas ruas de Munique que tínhamos falhado no dia anterior. Sinderling foi uma delas.

Neste dia o tempo esteve bastante mau e daí fomos quase de seguida para o restaurante onde iríamos jantar – Fraunhofer. Esta é outra casa bem típica de Munique onde por chegarmos bastante cedo ainda conseguimos arranjar uma mesa. Foi uma sorte porque logo de seguida em 5 minutos a casa ficou a abarrotar. É uma típica cervejaria alemã com mesas de madeira, ostentado animais embalsamados nas paredes e onde o frenesim dos copos e do berros invade a envolvente. Dificilmente se sai de lá sem confraternizar com alguém de uma mesa ao lado. Foi o que aconteceu connosco.

A qualidade da comida foi bastante inferior à do dia anterior, mas mesmo assim valeu muito a pena pelo ambiente divertido e pela simpatiquíssima alemã (ou não) que nos serviu à mesa. Só por isso valeu-lhe uma gorjeta.

3º dia - Salzburg

Uma cidade muito catita. Uns gostaram muito, outros gostaram apenas e outros ficaram desiludidos. Os desiludidos dizem-no apenas porque esperavam mais de uma cidade que é património da humanidade. Eu cá faço parte dos que gostaram muito. É uma cidade com enquadramento paisagístico: rio, montanhas, castelos, jardins e casas de traça antiga. Pequena, limpa, organizada, com bons cafés e ainda uma oferta de espectáculos muito aceitável. Por isso tem todos os ingredientes de uma das cidades que mais gostei de visitar.

Não posso dizer se gostei mais ou menos do que o Munique, porque não tem qualquer comparação. Começando logo pelo número reduzido de turista e de movimento na rua, o que lhe dá uma serenidade particular. Apenas posso dizer que gostei muito destas duas cidades e que Lisboa continua a ser a minha cidade favorita a par com Nova York.

Vimos tudo o que tínhamos de ver e fizemos tudo aquilo que se deve fazer em Salzburg incluindo ver um espectáculo. Foi um bailado ao som de piano de Choupin. Fantástico, como tinha que ser. Ao fim de 20 minutos adormeci, o que demonstra a qualidade do pianista e das bailarinas que me deixaram completamente hipnotizado. Fui acordando e adormecendo e apreciando ao meu ritmo, ao meu particular prazer.

Quando chegou o intervalo a primeira apreciação do Rui foi: “Tchk, Tchk, Tchk, Tchk, Tchk,… raios parta o fotógrafo que não pára de andar aqui atrás de mim a tirar fotografias. Isto não tem jeito nenhum. Que falta de respeito. Onde é que já se viu isto? ” Acho que tinha ouvido uma vez, qualquer coisa ao fundo mas nem se quer dar muita atenção. Como é que era possível haver alguém que se irritasse mais do que eu? Afinal sou um gajo normal!

Mas pronto, o clic estava dado e agora tinha que encenar a minha veia da reclamação. Uma vez accionada esta já não volta atrás.

Correu bem. O senhor fotógrafo foi convidado pela organização do evento a permanecer no lado oposto ao nosso da sala e assim o Rui pode ouvir descansadamente a 2ª parte do concerto. Mas isto sem que o concerto acabasse com um último “Tchk, Tchk”.

Foi mesmo, mesmo, quando já se estava antever o remate final do espectáculo, que o fotógrafo sem darmos conta se posicionou bem atrás de nós e disparou um último “Tchk, Tchk”, que fez o Rui disparar de rompante da cadeira, como se uma mola o projectasse no ar e com um tremendo rosnar esbracejou fortemente os braços projectando um olhar fulminante, que deixou o fotógrafo completamente encolhido na sua cadeira apenas com um dedinho no ar repetindo: “just one, just one, just one,…”.

Hotel, a casinha de “Gretel and Hansel”

Desta vez a busca do hotel foi tranquila. O problema é que não se tratava bem de um Hotel mas de uma espécie de… Quase meio hesitante dirijo-me a uma suposta recepção onde não se vislumbrava vivalma. Toquei e nada. Quando já me estava virar para vir embora, aparece-me um alemão de baixa estatura que mancava com uma oscilação de quase 45 graus, como se uma das pernas fosse o dobro da outra. Nem estava a acreditar no que me estava a acontecer. Esta viagem está mesmo a dar para tudo. Só me faltava esta.

Normalmente no Booking.com escolho hotéis com pontuação a roçar os 8 em 10. Neste caso tratava-se de um hotel (supostamente) com 221 reviews e pontuação de 8,7. Só podia ser mesmo excelente. Mas onde raio é que eu tinha falhado? Ainda não descobri.

Feitas as apresentações entre mim e o recepcionista “coxo”, regresso ao carro onde 6 olhos esbugalhados me fitavam e esperavam ansiosamente por mim, aguardando o que eu tinha para dizer: “Então é isto? Mas é aqui? Mas está lá alguém?”

Os quartos eram grandes mas super “démode” e ainda contava com particularidades como casa de banho de um lado e lavatório no meio do quarto. Sim, isso mesmo.

Para quem me conhece já sabe que se tivesse sido outro a marcar aquele hotel tinha-o desancado de alto abaixo. Mas como tinha sido eu o autor daquele encontro imediato, estava completamente desolado. Sentado na cama e olhando para o chão só me perguntava: “Mas como é que isto aconteceu? Mas as fotos tinham óptimo aspecto! Onde é que eu me enganei?” Isto enquanto o resto da malta ria fervorosamente e continuava a inspeccionar os pormenores deliciosos daquele antiquário.

Quando lhes passou o frenesim saíram-se com uma nova deixa: “Vamos pedir ao senhor um chá?” e eu: “Um chá? Qual chá? Estão malucos?” e eles já com os pacotes de bolachas e uma garrafa de água na mão começam a dirigir-se para o corredor: “Bora lá!”, enquanto eu continuava a tentar demovê-los: “Isto tem mau aspecto! O senhor ainda põe alguma porcaria no chá! Vamos dormir!” e eles sumiram-se.

Eles pediram-lhe um chá, o senhor respondeu com “Um chá?”, ao que eles insistiram com um acknowledge de que era mesmo isso que queriam e eu continuava a insistir: “Esqueçam lá isso do chá, até já são 22:00, horas boas para fazer um soninho.” Parecia a cena dos Goonies onde após entrarem na cabana dos bandidos o “Bocas” insiste em tomar qualquer coisa enquanto o resto do grupo treme de desconfiança. Neste caso eu era o resto grupo.

Abancaram-se mesmo na sala onde o senhor estava a ver televisão, enquanto este mudou-se para a cozinha para nos fazer um chá. E não é que a sala parecia mesmo saída da casa de “Gretel and Hansel”. Tudo isto só deu mesmo para risada, enquanto que eu com os meus olhares devoradores retirava as medidas a cada canto da sala. Até que numa prateleira encontro um serviço de copos igual ao do avô do Pedro, que mereceu uma das minhas fotografias. Esta viagem dá mesmo para tudo.

4º Dia Werfen (Ástria) e Chiemsee (Alemanha)

Uma simpática vila a cerca de 50 Kms a sul de Salzburg com um castelo medieval no topo de um monte e umas grutas de gelo como atracção turística. As grutas deixámos para uma próxima oportunidade já que eram recomendados agasalhos adequados e como para estes tipos os 6ª C da rua é calor, nem queria imaginar o que seria lá dentro.

Tudo parecia estragado quando chegamos ao funicular e vemos um letreiro que dizia que estava fechado excepcionalmente naquele dia. Mas que grande galo. Já quase conformados e de cintos colocados para viajar para um qualquer outro destino, resolvo atirar para o ar: “Que tal hiking?”. Agora era a minha vez de chutar com algo que o resto do grupo não acolhia. Na realidade nem eu próprio estava muito convencido em subir aquilo tudo para ver o castelo, mas já que tinha começado não ia voltar atrás: “Bora lá. É giro. Faz-nos bem. Um bocado de desporto.” E foi assim que trepámos até lá cima e passámos mais um dos melhores momentos daquela viagem.

Depois disto foi vez de pelo menos um dia almoçarmos a horas e às 13:00 já estávamos com os pratos na frente prontos para comer.

De regresso para Munique tínhamos planeado mais uma paragem no lago Chiemsee, onde se visita um castelo no meio de uma ilhota. Não chegámos a tempo desse passeio de barco, mas também ninguém ficou muito chateado com isso. Foi como que um: “OOOOOOOooooo perdemos o barco. Que se lixe!”

O lago tem umas zonas de jardim bem acolhedoras e paisagens agradáveis. Por isso fizemos aquilo que melhor sabemos fazer – repousar e comer. Chá e bolos, assim começámos e assim acabámos.

Não, não foi aqui que acabei. Acabei no aeroporto quando a acompanhar uma sandes de mozarella com tomate tive que beber uma cerveja, que apesar de ter pedido lager, saiu-me como uma weiss. Agora sim, assim comecei e assim acabei.