Nos últimos meses sempre que me ligo no Caixadirecta Online sou bombardeado com o anúncio do novo sistema de segurança SMS token. Mais um… Depois do número de contribuinte, sucedeu-se o cartão matriz e agora surge o SMS token. Nada de inovador…. como sempre a CGD vai a reboque dos restantes. Copiou o cartão matriz do BPI (que já lá existe desde 1999) e agora copia o SMS Token do BCP.
Seria igualmente útil é que a CGD de cada vez que introduz um novo nível de segurança convergisse, ou eliminasse os anteriores. Caso contrário está a deixar um cavalo de Tróia à mercê dos piratas.
Claro que só me dei ao trabalho de activar o novo sistema SMS Token quando fui obrigado a precisar dele. E isso aconteceu hoje, que queria fazer uma transferência interbancária.
Depois de seguir todos os passos de activação do SMS Token, o processo terminou com uma mensagem do género: “Agora aguarde pelo código de activação que lhe será enviado por correio para a sua morada de correspondência, com o qual poderá terminar o processo de adesão ao SMS Token.” Como????? Mas eu precisava de fazer uma transferência HOJE e não quando receber uma carta de boas vindas em casa!!!!
Ok, decido então usar o Caixadirecta Telefone para realizar a operação. Depois de ter dito à operadora que queria fazer uma transferência interbancária a conversa prolongou-se por muito tempo. Perguntaram-me tudo e mais alguma coisa para garantir que era mesmo eu. Só faltou quererem saber a cor das cuecas que trazia vestidas. No final pediram-me então o 2º dígito do código de segurança e eu:
- “Como????”
- ela: “2º dígito do código de segurança???”
- eu: “Qual código? O código de acesso????”
- ela: “Não. O código de segurança mesmo.”
- eu: “Mas do cartão matriz?”
- ela: “Não. Esse é para o Caixadirecta Online. Para o telefone existe um outro código de segurança que o senhor deu quando fez a adesão.”
- eu: “Mas isso foi em 1998. Desde então só uso a Web. Sei lá qual é o código de segurança que dei em 1998. Aliás eu só estou a usar esta droga porque causa da porcaria do SMS Token… bla … bla….”
- ela: “Não terá o código escrito num papel?”
- eu: “Mesmo que tivesse… sei lá onde é que eu estava em 1998?”
- ela: “Pois… quer tentar um número?”
- eu: “hmmmmmmm… ok, vá lá…”.
Sucedeu-se a validação e…
- ela: “Código errado. Tem mais 2 tentativas. Quer tentar?”
- “BhAAAAAaaaaa…. raios vos partam… ISTO É UMA FALTA DE SEGURANÇA ENORME! Como é que eu posso fazer reset ao meu código?”
- ela: “Pode fazer isso através do telefone e depois é-lhe enviada uma carta para casa com os novos códigos.”
- eu: “Bolas…. já lhe disse que preciso de fazer uma transferência HOJE. H O J E!”
- ela: “Então pode ir até ao balcão e solicitar a geração de novos código que lhe serão entregues no momento.” - eu: “Ok, obrigado por nada.”
Fui para o balcão e expliquei ao empregado o que me tinha acontecido e que estava a pedir novos códigos de acesso ao Caixadirecta porque simplesmente não me lembrava de qual era o meu código de segurança. Responde-me o empregado:
- “Mas qual código de segurança? O código de acesso?”
- eu: “Não, não é esse. É o código de segurança.”
- o empregado: “Mas só há um código de acesso. Está-me a falar do cartão matriz. Aquele cartão que é assim bla… bla… bla… bla…”
- eu: “FOGO, eu sei o que é o cartão matriz! Mas pediram-me um código de segurança.”
- o empregado: “Hmmmm… desconheço o que seja.”
- eu: “Ok, esqueça. Pode-me gerar novos códigos?”.
O processo seguiu e lá apareceram impressos dois códigos (um deles o de segurança) que foram devidamente alterados como mandam as regras.
Voltei a telefonar para o Caixadirecta Online e depois de mais 10 minutos em espera pedi para fazer a transferência interbancária que depois de mais 500 perguntas e desta vez incluindo o código de segurança correcto lá foi finalmente concretizada. YES… consegui.