300 Kms de viagem até Budapeste debaixo de chuva torrencial. A parte boa foi voltar a ter a companhia do TOM TOM. A dependência do homem face à máquina. E imaginar que durante anos bastou-me um mapa para conhecer alguns países.
Depois de tanta chuva até receávamos que em Budapeste continuássemos a apanhar mau tempo. O termómetro do carro lá ia subindo grau a grau até se aproximar da barreira dos 20. Mas a chuva nada de parar.
Já a 40 kms de Budapeste voltamos a ser brindados com uma descomunal carga de água, que nos retirava completamente a vista e mais nos deixava parecer que flutuávamos sobre a água. Chegaram-se a ver alguns carros encostados… Prosseguimos….
Chegamos a Budapeste com cerca de 21.5ºC e algumas pingas miudinhas. Talvez a coisa melhorasse….
O trânsito para entrar e sair de Budapeste é caótico. Entrámos do lado oeste de Budapeste, ou seja do lado de Buda… Não sabíamos bem por onde andávamos, mas muito devagarinho avançávamos metro a metro numa enorme fila de trânsito. O Tom Tom lá ia indicando o aproximar do destino e acerca de 900 metros optámos por estacionar o carro num parquímetro e seguir a pé.
Arranjar moedas para o parquímetro foi outro filme… No fim 500 florins deram apenas para 2 horas. Eram 13.30 e tínhamos 2 horas para fazer seja o que fosse incluindo: passear um pouquinho, almoçar e aceder à Internet para marcar o hotel dessa noite.
Mal descemos a rua avistámos à nossa frente uma imponente muralha. Pela localização onde estávamos e indicações do guia, devíamos estar diante do castelo de Buda. Subimos a íngreme encosta e entrámos no castelo.
Lá dentro uma série de edifícios antigos, de traça ornamentada e bem conservados. Grandes largos, bem tratados, com relvados e emoldurados por flores.
Normal, nada de especial… Hesitamos se devemos almoçar ou prosseguir mais um pouco. Optamos pela segunda e seguimos até ao outro lado do castelo, atravessando o seu largo central.
À medida que nos aproximamos da muralha oposta a vista descobre-se a cada passo, deixando emergir o perfil de Peste. Quando finalmente atingimos a muralha estupefacto com a vista colossal. É realmente fabulosa.
Isto explica porque é que todas as cidades ornamentadas por colina/s têm uma beleza natural insuperável (tal como Lisboa).
Depois de reconhecido o terreno está na hora de ir almoçar, de preferência com Wi Fi.
Almoçados e de hotel marcado voltamos a pegar no carro para agora entrar do outro lado do castelo de Buda. Perto dessa entrada há um estacionamento de parquímetros e quando estamos a parar a Mafalda repara que o nosso hotel é mesmo do outro lado da rua. Uau… ainda por cima tem excelente aspecto.
O quarto é bem pequeno, mas super acolhedor com revestimentos em madeira clara e uma casa de banho super moderna. Remata com o LCD que dá sempre um ar mais high tech.
Voltamos ao castelo de Buda para completar o resto da visita. As vistas continuam a vislumbrar. Descemos para passar a ponte para o outro lado em direcção a Peste. O fim do dia aproxima-se e já não temos muito tempo para ver Peste a não ser a basílica.
Regressamos mas desta vez subimos no funicular porque já estávamos exaustos.
O dia acaba em pleno com um fim de noite super ameno e um jantar deslumbrante. Boa comida, bom vinho e excelente ambiente. Comi umas divinais costelas de vitela grelhadas ao ponto e acompanhadas com risoto de açafrão de bradar aos céus. Pena não ter levado a máquina para fotografar.
Terminámos a noite com um passeio pelo castelo e agora com a vista nocturna. Fabuloso.
Lisboa continua a ser a cidade mais bonita que conheço.