Chuva, vento e frio (cerca de 11 ºC) são os denominadores deste 2º dia.
Viena é uma cidade opulenta e luxuosa como Paris. Não difere muito. Talvez em Paris se encontrem uns bairrozinhos e recantos mais pitorescos que aqui. Mas o resto assemelha-se. E claro... já me esquecia… dificilmente alguma cidade bate Paris nos museus (com o Louvre como nº 1). Embora aqui também se encontrem bons museus de renome e que até talvez façam mais o meu estilo (que é de quem não é muito entendido em arte).
Assim da panóplia de oferta optámos pelo museu Albertina que é aquele onde se encontram pintores como Picasso, Miró, Monet, Chagal, entre outros e que são fáceis de se gostar. Além disso e tal como dizia no guia, vai tendo exposições temporárias de fotografia que também fazem as delicias de quem gosta do assunto. No topo da minha preferência ficaram os quadros do Picasso e a exposição de fotografia.
Mas o melhor de Viena e como também dizem no guia será mesmo “find your self a coffee house to settle down in for a long break”. Com mau tempo como este ainda sabe bem melhor. O ambiente é realmente acolhedor, só é pena os preços que também nisso fazem mesmo lembrar Paris.
A noite terminou com um concerto no Palais Auersperg. Ainda ouvi a minha música adaptada pela Ana Faria: “Lá vem o Miguel dos olhos de mel. Sempre a cavalgar e galopar o seu corcel. Que valente e diligente que nos saiu o Miguel”… música de Mozart. A 2ª parte foi com obras de Strauss acompanhada de bailado e terminou com a minha música favorita: Danúbio Azul. Indescritível.
Também indescritível foi a viagem até ao hotel. 10 kms em quase 2 horas, debaixo de um dilúvio aterrador. Não é só em Portugal que as estradas alagam com a chuva. Em Viena também e o cenário não é melhor que o nosso.
Chuva a cair sem parar, noite escura com breu e sem TOM TOM. HAAAAAAAAAAAAAAaaaa…. Não há TOM TOM.
Pois é… só trouxe os mapas da Europa de leste e que exclui a Áustria. Por isso a saída de Viena tornou-se num autêntico terror.
Tive que dar 5 voltas à cidade até conseguir acertar na suposta estrada B1 que me levaria ao destino mas que nem se quer existia com essa denominação de B1. Mas foram os apontamentos que retirámos do google maps.
“ok… mais 100 metros… vira à esquerda.. agora conta 1… 2… e vira à direita… AAAAAAAAAAAAAaaaaa enganámo-nos outra vez… não é nesta… volta a dar a volta à cidade!”
Chegámos exaustos ao Hotel. Continuamos a ter sorte com os Hóteis e este quarto também era super sossegado. O hotel em si era um Novotel igualzinho ao de Gaia no Porto. Não é soberbo, mas não compromete.
Amanhã éramos para ir para Salzburg, mas como o tempo por estes lados está de chuva e parece que para o sul o sol já brilha, vamos então até Budapeste.
Até lá…
Lisboa continua a ser a cidade mais bonita que conheço.
P.S. > O apresentador do espectáculo fez a introdução ao concerto em alemão, seguindo-se a tradução em inglês e despediu-se em espanhol, italiano, francês e japonês. No intervalo cruzei-me com ele e fiz-lhe questão de lembrar que o português é a 5ª língua mais falada no mundo, ao que me respondeu de imediato com um rasgado sorriso: “Obrigado. Bem vindo. Boa noite.” No recomeço do espectáculo incluiu a saudação em português e no final quando nos cruzámos voltou a despedir-se em português.