E a seguir?

January 14, 2009

Os últimos dias foram particularmente conturbados na sobreposição de compromissos. Na semana passada tinha uma apresentação para fazer no IST numa disciplina de doutoramento, ainda tinha o 2º mini teste de Picc pendente para dar em duas turmas e tinha de concluir os conteúdos para a formação .Net que ia dar a Évora 2ª e 3ª Feira. Tirando isto o fim-de-semana também se previa calmo com duas festas de anos uma 6ª e outra Domingo e uma ida sábado ao Alentejo para uma matança do porco.

 

Tudo estava mais ou menos planeado e organizado. Os enunciados dos mini testes estavam feitos, 80% da formação estava preparada e até 5ª Feira não iria pensar em mais nada a não ser na apresentação que tinha para fazer no IST. 6ª Feira estava reservada para concluir os 20% que faltavam dos conteúdos da formação.

 

Tudo perfeito não fosse de 4ª para 5ª Feira eu ter passado a noite em branco cheio de febre. Acordo 5ª Feira de manhã e nem queria acreditar no que me estava a acontecer. Logo naquele dia da apresentação no IST e em que ainda tinha que ir ao ISEL às 11 e às 20 para dar mini-teste é que me havia de vir parar a gripe. Raios partam a gripe. E claro para juntar a isto só faltavam ser os dias mais frios do ano. Uau… Mais nada? (sim esperem)

 

Depois de passar pelo médico lá levo com a receita padrão de Brufen de 8 em 8 horas, mais um xarope para a tosse e mais a conversa do costume: “Já sabe que a gripe não tem remédio… agora vai ter que descansar… bla bla…” Claro descansar.

 

Dei o 1º mini-teste, seguiu-se o momento Zen e a apresentação no IST às 17:00. O regresso a casa foi hilariante comigo cheio de tremeliques agarrado ao volante. A febre eleva ainda mais a diferença de temperatura que se faz sentir no corpo.

 

Mas chegado a casa ainda tinha que sair mais uma vez para ir ao ISEL dar o 2º mini-teste à turma da noite. Só de pensar no frio até tinha medo. Não fui de modas e fui com as calças de snowboard vestidas. Ridículo ou não por ali o frio não passava.

 

Com muito esforço aquele dia horrível chegou ao fim. E claro na 6ª Feira só podia estar muito pior. A febre já andava a rondar os 40ºC e agora já nem conseguia olhar para o ecrã do computador. E agora? Como é que vou acabar os slides para a formação? E será que até 2ª Feira estou recuperado? Terei que estar….

 

Aquilo que tinha planeado para 6ª Feira arrastou-se para sábado e só já no Domingo no hotel de Évora à noite é que consegui concluir o que tinha planeado. (claro que as festas do fim-de-semana foram todas canceladas).

 

A febre já tinha desaparecido mas ainda me doía o corpo todo. De tal forma que até andar de carro no empedrado das ruas de Évora me massacrava o corpo. A cereja no topo do bolo foi no Domingo à noite quando começo a ficar rouco. Tosse, gripe, nada disso me impede de dar a formação. Mas rouquidão já começa a complicar. E agora? Mais alguma coisa para me acontecer? (claro)

 

A formação foi dada num novo edifício da universidade de Évora (onde era a antiga fábrica dos Leões). E o edifício não está concluído. Nomeadamente não tem aquecimento. Ou seja, a sala de formação era algo muito parecido com um frigorífico, ao ponto de estar mais quente na rua.

 

Com muita água e muitas pastilhas lá se deu a formação e correu bem apesar da falta de infra-estruturas.

 

Apesar de tudo fico contente por mais esta prova superada. Claro que o mais fácil seria nunca me ter disponibilizado para ir dar formação Évora, sobretudo numa altura em que o doutoramento e a direcção do Centro de Cálculo me roubam tanto tempo. No entanto essa era a decisão fácil. E as decisões fáceis não têm piada.