Um dos prazeres que tenho desde que trabalho no ISEL é o passeio matinal desde as instalações do Centro de Cálculo até ao Ika onde tomo o café. Esta manhã enquanto esperava para ser atendido, passa uma “madame” à frente da fila para pedir qualquer coisa. Nem me passou pela cabeça que ela estivesse a passar à frente de quem ali estava a aguardar a sua vez.
Mas nisto começo a olhar e vejo-a a pagar um café e de seguida lá vai ela toda lampeira pedir o seu cafezinho. E fica tudo calado...
Eu chego-me à frente toco-lhe no ombro e digo-lhe: "Não percebeu que está a passar à frente destas pessoas todas?" e ela ignora-me.
Eu novamente:"Estou a falar consigo..." e bato-lhe no ombro outra vez, "a senhora passou à frente destas pessoas que estão aqui à espera da sua vez.”.
A dita “madame”: "Aaaa... quem eu? Óoo nao reparei..." fazendo aquele seu ar de super tia.
Eu: "Olhe no mínimo pede-se licença ou então no fim se não reparou no que fez, então pede desculpa."
Ela: "a pois... " Mas nem desculpa, nem nada. Volta-se novamente para o balcão do café.
Lá fico lixado a falar com um colega meu que reparou na cena e veio comentar que já é hábito aquela tipa passar à frente da fila.
Tentando esquecer o incidente lá vou beber o meu café descansado. Nisto a “madame” vem ter comigo:"sabe é que..."
Eu: "Eu não quero saber de mais nada. A senhora é mal-educada e para mim chega."
Ela: "Mas deixe-me falar..."
Eu: “Não tenho que ouvir pessoas que não têm educação. Você não merece o meu tempo. O assunto está encerrado.”
Ela: “Não me levante a voz, que eu tenho idade para ser sua mãe.”
Eu: "A senhora nem se quer sabe a minha idade. Além disso, eu sei que não percebeu mas eu sou professor nesta escola e trato com o mesmo respeito e educação alunos, docentes e funcionários, excepto aqueles que não têm educação."
Ela: “Ainda bem. Mas…”
Eu: "Já agora diga-me. Se estivesse ali o presidente do concelho directivo também lhe passava à frente?"
Ela hesita e percebendo que não podia ter outra resposta lá diz: “hummm… se calhar.”
Eu: "Já lhe disse que não tenho mais nada a falar consigo. "
Ela sempre com o seu ar superior: "Mas importasse de me ouvir?”
Eu: "Eu não a quero ouvir e se insistir eu mudo de mesa. "
E mudei de mesa...
Lá segue ela toda lixada e diz por cima do ombro: "eu venho falar consigo e você tem uma atitude parva como essa."
Eu bem alto: "Parva é uma senhora sem educação, que pensa que pode passar à frente de uma fila e que os outros ainda a têm que ouvir."
Já conheço o estilo de conversa em que daria aquele diálogo onde no fim ela virar-me-ia as costas e eu voltaria a ficar por dizer o que ela merecia ouvir. Felizmente não sou curioso e não me interessou minimamente o que ela me tinha para dizer. Além de que naquela situação nada justificaria a sua atitude.
Assim chateei-me q.b. e ela ouviu o que merecia ouvir.