Dormi que nem pedra. Acordei com um concerto de campainhas que ecoavam ao longe. Começou com a campainha da porta, seguindo-se dos apitos do telefone, depois a campainha da porta, etc. Tudo isto combinava em excelente harmonia no meu sonho. Até que de repente me lembrei: “Ai a Alice…”. Alice a nossa empregada.

Quando sai de casa ainda deambulava meio sonolento. É um daqueles dias em que nem o banho nos faz acordar. Já no carro mal saio da garagem vem uma carrinha direita a mim numa faixa de 1 sentido que me fez travar violentamente. Nem tive vontade de reagir. Arranquei calmamente com a mesma disposição com que me levantei da cama e pensei: “Deve ser um presságio. Este gajo nem se quer me conseguiu irritar. A partir da agora vou passar a ter uma condução mais calma.”

 

Mais à frente, ao fim de andar uns 500 metros na estrada da luz atrás de 2 carros a 30 Kms/h, chego ao alto das torres de Lisboa e lá faço uma ultrapassagem repescada ultrapassando os 2 de uma só vez.
Chego à 2ª circular que rolava sem qualquer impedimento e de repente tudo trava. Um acidente na faixa contrária e tudo a abrandar para ver. Lá tive que dar uma buzinadela de cerca de 23 segundos ao palerma que ia à minha frente.
Saio para a rotunda do relógio, passo um tipo pela direita e já na ponte sobre a rotunda buzino a uma outra gaja que na curva se atira para a minha faixa.
A descer a Marechal Gomes da Costa, um carro passa para a faixa da esquerda para ultrapassar um outro que sai simultaneamente para a faixa mais à direita deixando a faixa do meio livre. Foi por lá que passei.

 

Como em qualquer outro dia cheguei ao ISEL sem problemas. Que se lixe o presságio.