Reviver o Pavilhão Chinês

October 26, 2006
Ao celebrarmos 13 de anos de namoro torna-se difícil encontrar histórias que não tenham sido muitas vezes contadas e revividas. As melhores histórias são sem dúvida as viagens. Sou um amante de viagens. Adoro viajar seja para onde for. Basta que seja uma nova terra para descobrir, uma nova cultura para partilhar. Adoro praia, montanha, cidades, confusão, selva, subúrbios, de tudo um pouco. Mesmo nos primórdios das nossas viagens, menos sofisticadas e para lugares menos recônditos, conseguimos encontrar histórias deliciosas que nos fazem sorrir. Actualmente só mesmo as recordações nos podem levar a terras mais longínquas, porque o novo membro da família não nos permite aventuras mais atrevidas. 

E nesta última celebração já de regresso a casa, enquanto partilhávamos mais uma aprazível história, eis que passo ao lado do pavilhão chinês e as minhas recordações são interceptadas pelos momentos passados naquele lugar. Momentos repletos de planos encruzilhados e até mesmo secretos, que teriam de ser executados longe da imaginação dos nosso pais. Mais atrevidos, até sonhávamos com viagens paradisíacas, que um dia se vieram mesmo a concretizar. E neste turbilhão de pensamentos decido: “seja o destino a determinar: se encontrar já aqui um lugar paro e vamos lá.” Olho para a direita e lá vejo o lugar a mandar-me parar.

Eis-nos no  Pavilhão Chinês. A mesma sala. A penúltima sala. Aquela sala pequenina antes de se chegar à grande sala dos bilhares. Aquela sala pequena acolhedora com kits de aviões miniatura pendurados no tecto. A mesma mesa. A 1ª ou segunda mesa do lado direito de quem entra. O mesmo cardápio. As mesmas conversas. Novos planos de viagem. Novos sonhos. E muitos anos para os concretizar.