Não dá para fazer nada

September 8, 2006
Não é novidade para ninguém que o aparecimento de uma criança no ceio de um casal, obriga a um reajustamento de todos os hábitos de vida. No meu caso a maior mudança foi a adaptação ao barulho e interrupção. Duas coisas que não suporte enquanto trabalho.
 
Sou de tal forma “comichoso”, que quem trabalha perto de mim já assistiu várias vezes a eu retirar-me para uma sala de reuniões para fugir à confusão (algo que aconteceu em todos os empregos que tive).
 
No meu actual trabalho prefiro mesmo (ou preferia) trabalhar em casa do que no ISEL (sobretudo quando lá tenho o meu parceiro de sala).
 
Mas com a Madalena muita coisa mudou e agora já consigo ser interrompido várias vezes na execução de uma tarefa sem perder o fio à meada. Por exemplo, o pagamento da conta de Internet é feito da seguinte forma:
 1. Começo por abrir a carta e ver o valor da factura;
 2. Interrompo para mudar uma fralda;
 3. Ligo-me ao site do meu banco;
 4. Vou dar qualquer coisa à Mafalda que está a dar de mamar e não se pode levantar;
 5. Faço login no site;
 6. Ponho a Madalena a arrotar;
 7. Selecciono a operação de pagamento de serviços;
 8. Vou limpar a Madalena que bolsou e está a chorar;
 9. Introduzo os dados da entidade, referência e valor a pagar;
 10. Vou tirar a Madalena do brinquedo porque já se fartou;
 11. Selecciono pagar;
 13. Vou tirar a Madalena do 2º brinquedo que também se fartou;
 14. Introduzo o 2º código de segurança com uma só mão, porque na outra já tenho a Madalena ao colo;
 15. Aparece uma mensagem a dizer que o tempo da sessão terminou;
 16. Vou mudar a fralda;
 17. Recomeço a ligação ao site do banco.