Ando na fisioterapia a fazer o tratamento de umas contracturas que tenho no dorsal e trapézio direito. Um destes tratamentos designa-se de “pain killer” e é composto por um conjunto de 4 eléctrodos que formando uma cruz sobre o local da contractura largam pequenas descargas eléctricas sobre a mesma.
Enquanto faço este dito “pain killer” estou a repousar durante 20 minutos na marquesa de barriga para cima. Estava eu hoje num desses momentos de lazer em que aproveito para por as contas em dia e roncar um bocadinho, quando entra uma técnica auxiliar no meu gabinete para levar a máquina de ultra-som. Nesta operação de transferência tropeça, desliga o “pain killer” e diz: “Óóóóoo… peço imensa desculpa. Desliguei-lhe sem querer o pain killer”. Pega na ficha e volta a recolocar na tomada. Nesse preciso momento sinto uma enorme cacetada no meu dorsal, como se um bisonte tivesse-me dado um sopapo com toda a sua força concentrada naquele único ponto e de tal forma que sinto o meu tronco saltar da marquesa e embater contra a parede do meu lado esquerdo, acompanhado de um devido berro: “AAAAAAAAAaaaaíííííiiii….”
Dizem-me que sobrevivendo a isto existe uma enorme probabilidade de ficar curado da minha contractura.