NÃO à matança do porco!

March 20, 2006
Venho agora elucidar aqueles que esboçaram críticas sobre uma das fotografias que exibi no álbum “Santiago (4 de Março 2006, Matança do Porco)”. Mais precisamente é esta a foto alvo de críticas como carnificina.
 
Talvez o excerto do título “Matança do porco” indicie algumas pessoas em erro. Mas “matança do porco” sempre foi a designação que ouvi dar aquele acto que os meus tios faziam lá na aldeia e que consistia em matar um dos porcos para consumo próprio. Surpreendentemente, quando conheci a Mafalda, descobri que ela também designava de “matança do porco” quando lá no monte da Ameixeira (Santiago) matavam um porco para consumo próprio. Podiam chamar outra coisa muito mais óbvia. Ma não. Chamam mesmo “matança do porco”. Que absurdo!
 
Porque é que aparece o porco desmanchado naquela foto?
Bem ou mal, não tenho estômago para assistir ao acto de matarem o porco. Sim, porque se pensam que vão para uma “matança do porco” assistir à morte do bicho e bater palmas, enganem-se. Isso não passa de uma utopia dos que falam sem conhecimento, como aqueles que dizem que o pára-quedas suplente é muito mais pequeno que o principal. Por isso ou vão para lá para ajudar e sujar as mãos ou então é melhor irem-se embora, porque não são bem vindos.
 
Como eu não sou dos que sujam as mãos, a única cena que consegui apanhar do porco foi as febras grelhadas no meu prato e o resto do porco desmanchado em cima da bancada para ser embalado em sacos de congelação. Faltou-me apenas a foto do meu prato.
 
Quanto à intitulada por alguns de “carnificina”, lamento que só conheçam os porcos embalados em caixas de esferovite branca coberta de película aderente.